21.3.09

Casa desabitada

Paula Roush - Space Captology
Dizias: o desejo
precisa do olhar
para não ser casa desabitada
e o corpo resistir
à ruina das horas.

O silêncio do linho, dizias:
há-de cobrir-nos a memória
e a noite
deixará de ser
a cinza acumulada
dos dias.

Dizias.... e era tudo
o que meu coração precisava de ouvir.

M.

2 comentários:

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

Dizias
E que belo começo para um poema igualmente belo
Abraço , Malina!
________ JRMARTO

Malina disse...

Agradeço.
às vezes é tão difícil escrever coisas assim.
Depois é bom saber que alguém se demorou no texto, se fez a ele e o encontrou.
Abraço