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O amor é o amor - e depois?!
Vamos ficar os dois
a imaginar, a imaginar?...
O meu peito contra o teu peito,
cortando o mar, cortando o ar.
Num leito
há todo o espaço para amar!
Na nossa carne estamos
sem destino, sem medo, sem pudor,
e trocamos - somos um? somos dois? –
espírito e calor!
O amor é o amor - e depois?!
Alexandre O´Neil, Abandono Vigiado, Lisboa, Guimarães, 1960*
Insensatez - de António Carlos Jobim, no sax de Stan Getz
1 comentário:
Depois... há que vivê-lo pois depressa pode acabar. E se muito se pensa até à decisão chegar, pode ser que o mar já lá não esteja. Pode-se cansar de sonhar!
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